quarta-feira, 24/abril/2024
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Apreensões de drogas aumentam 76% em Mato Grosso

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Os crimes de tráfico ilícito e uso indevido de drogas estão entre os dez principais assuntos processuais do Estado. Eles ocupam a 6ª colocação com 4.578 inquéritos policiais. Além disso, em comparativo aos cinco primeiros meses do ano, de 2014 e 2015, houve um aumento de 76,8% de apreensões de drogas em todo Mato Grosso.

Uma nova metodologia de trabalho, aplicada na atuação conjunta entre a Polícia Judiciária Civil (PJC) e a Polícia Militar (PM), em parceria com a Secretaria de Segurança do Estado (Sesp), fizeram com que estes números saltassem este ano. Segundo o delegado da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE), Juliano Silva de Carvalho, a mudança de estratégia favoreceu as equipes a reprimir o tráfico na região. "Houve mudanças na metodologia de trabalho, para focar nos flagrantes de tráfico de drogas que promoveram neste aumento de prisões e apreensões. Decidimos investigar mais a fundo os tráficos domésticos, em bairros periféricos até em festas de alta classe, porque é através destes pequenos casos que podemos chegar aos maiores".

Além disso, o delegado revelou que foi reforçada o esquema de segurança na região fronteiriça, que liga o Estado e a Bolívia. O país é apontado como um dos maiores produtores de drogas do mundo, o que facilita o comércio e faz com que Mato Grosso seja a 'porta de entrada' do tráfico no Brasil. "Foi intensificada as ações nestas regiões, com o objetivo de apreender o número máximo de entorpecentes e colher informações sobre os mandantes do tráfico. Diversas pessoas foram presas e, através delas, conseguimos informações importantes que possam chegar aos chefes destas quadrilhas".

O delegado informou que a droga mais comercializada e apreendida pelos policiais é a maconha. Pelo fato do entorpecente ser de um custo menor, traficantes de baixa renda preferem investir em cima deste comércio. Já a cocaína, por ser um produto sintético e mais caro, são optados pelos criminosos de maior poder aquisitivo.

"O fumo da maconha é mais apreendido, pois é de um custo mais barato e também ser mais acessível, devido o preparo dele. É mais comum ser encontrado nas pequenas bocas de fumo em bairros periféricos, por exemplo. Já a pasta base de cocaína requer maior dinheiro. Enquanto que 1 Kg de maconha custa em torno de R$ 1,5 mil, o mesmo quilo de cocaína é R$ 5 mil".

Juliano destacou que um traficante de drogas não tem um perfil definido. Ele analisa que, este tipo de criminoso pode vim tanto de um bairro periférico como ser de uma família tradicional, com mais dinheiro.

"Você pode encontrar um traficante de bairro periférico que lucra em torno de R$ 200 ao mês, como pode prender traficantes em festas de luxo, que ganham até R$ 500 mil ao mês. É muito relativo este perfil".

Mesmo com o alto número de ocorrências no tráfico de drogas, e pela exposição à violência, o delegado acredita que o sistema repressor é uma medida eficaz para diminuir o crime no Estado. "Creio muito que com estas medidas, o tráfico irá diminuir em Mato Grosso. Estamos trabalhando para que este problema seja sanado de vez no Estado", finalizou.
 

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