sexta-feira, 26/abril/2024
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Cerca de 30% dos funcionários feridos em acidentes ficam sem condições de trabalhar

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O número de funcionários de perdeu a capacidade de trabalhar devido a acidentes no desempenho de suas atividades é preocupante. O Grupo de Trabalho Interinstitucional de Mato Grosso, presidida pelo Tribunal Regional Trabalho, constatou que, ano passado, houve 1.903 acidentes causadores de incapacidade temporária, dos quais 1.337 obtiveram recuperação; 237 geraram incapacidade parcial e 167 acabaram em morte. Em 2011, cerca de 30% dos 711.164 acidentes resultaram em perda da capacidade laborativa.

O grupo tem buscando conscientizar trabalhadores de indústrias para reforçar a prevenção e não abrir mão de equipamentos de segurança. O juiz Paulo Brescovici fez palestra no canteiro de obras de um edifício em Várzea Grande para cerca de 100 operários. Além das mortes, a incapacidade temporária é um grande entrave na vida do trabalhador. “Após o acidente, ele tem um período de estabilidade, mas seu destino quase sempre é ser mandado embora, pois não tem condições de desempenhar mais a mesma função. A partir daí, a busca por um novo emprego se torna ainda mais difícil”, explicou.

Cerca de 35 mil trabalhadores atuam nos canteiros de obras de Cuiabá e Baixada Cuiabana. O objetivo das palestras é orientar os operários sobre o tema, já que a construção civil ocupa os primeiros lugares em acidentes de trabalho em todo o país. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, a entidade realiza cerca de 200 palestras orientativas anualmente, o que tem refletido na diminuição dos acidentes fatais. “Temos um trabalho sistemático de prevenção de acidentes nos canteiros de obras, pois entendemos que grande parte do problema é a falta de informação”.

Esta também é a opinião do pedreiro Raimundo Nonato Ribeiro Silva, que há 10 anos atua no ramo. “Falta capacitação, palestras como estas, para os trabalhadores. Se for informado, ele vai se ligar nas situações de risco”. O encarregado de obra Benedito Neves, que há 30 anos trabalha no setor, concorda com a falta de noção do risco que muitos trabalhadores têm. “Antigamente, a gente trabalhava contando somente com a sorte. Hoje temos muitas normas de segurança, mas ainda assim, muita gente se arrisca. Acha que não vai acontecer com ela”.

As palestras continuarão sendo dadas em novembro.

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