Um projeto da Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso (Ceasa-MT) que tem como ponto central a criação de um espaço voltado para o pequeno produtor comercializar seus produtos foi apresentado aos secretários da Agricultura Familiar, Suelme Fernandes, e do Gabinete de Governo, José Arlindo de Oliveira. Ele exposto por Baltazar Ulrich, presidente da Ceasa, que defende a implantação para reduzir o custo de frutas, verduras e legumes, que traga segurança alimentar ao cidadão com rótulos com informações como o nome do produtor, local e quantidade produzida e que gere empregos e rendas ao agricultor familiar que poderá ampliar sua produção. A expectativa é a criação de três mil empregos diretos e mais de oito mil indiretos. “Nosso sonho é que possamos criar dentro de Mato Grosso uma cultura do pequeno produtor produzir e fornecer para o Ceasa”.
Baltazar avalia o projeto como grandioso por colocar Mato Grosso como um dos estados centrais em abastecimento, sendo uma alternativa para os produtores que precisam passar pelo estado para chegar a grandes centros como São Paulo. Também foi apresentado um projeto para implantação do programa Barracão do Produtor (Packing House), locais voltados para a seleção e embalagem de produtos, gerando uma melhoria no sistema de produção e comercialização. O estudo prevê a possibilidade de implantação de 15 barracões no interior do estado, que darão apoio ao pequeno produtor com capacitação, equipamentos e novas tecnologias, com estimativa de 1.500 empregos diretos e 4.500 indiretos envolvendo a produção de 50 mil agricultores familiares.
O secretário Suelme Fernandes avaliou o debate como um passo importante por possibilitar a discussão do problema de abastecimento em Mato Grosso e para aprofundar no conhecimento do projeto do Ceasa. “É um assunto complexo, mas estratégico e muito relevante para o futuro de Mato Grosso. Já temos informações suficientes para repassar ao governador, mas a decisão de qual caminho trilhar é dele”. O secretário José Arlindo agradeceu Baltazar e destacou o nível de detalhamento do estudo, proporcionado pela vivência, experiência e pesquisa dentro do Ceasa.
Também participaram da reunião representantes do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), da Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT).