As testemunhas, assim como o jardineiro E.F., acusado de assassinar a facadas a cantora Eliete Moraes Lucca, prestarão depoimento no próximo dia 29. A sessão será na 1ª Vara Criminal e presidida pela juíza Rosangela Zacarkim. O crime aconteceu em julho deste ano e, desde então, o suspeito está preso.
Nesta fase, o acusado e as testemunhas apresentarão suas versões dos fatos. Seis testemunhas foram intimadas a depor, entre elas, os policiais que atenderam a ocorrência. No mês passado, a defesa de E.F. tentou revogar sua prisão preventiva, alegando que ele possui residência fixa e é trabalhador, mas o pedido foi negado pela justiça.
Segundo consta no processo, ele confessou “detalhadamente” o crime. “E.F. manteve relação íntima de afeto com Eliete por aproximadamente seis meses”. No dia do crime, ele teria se dirigido até o bar onde ela trabalhava “para conversar, contudo, não recebeu a atenção da vítima, a qual pediu que ‘lhe deixasse quieta’”.
O acusado, que também era vizinho da vítima, então voltou para sua casa e aguardou a chegada de Eliete. “Inconformado com o tratamento despendido pela vítima, o acusado a chamou para conversar, ocasião em que iniciaram uma discussão. Logo após, utilizando-se de uma faca que estava próxima ao local, o suspeito desferiu diversas facadas no corpo de Eliete Mores Lucas, as quais foram a causa de sua morte. Após desferir os golpes, o acusado trancou a porta da casa dela, deixou a chave no chão e foragiu-se”, aponta trecho do processo.
Conforme Só Notícias já informou, ela foi assassinada em uma residência, na rua das Dracenas, no bairro Jardim das Palmeiras. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que ela foi atingida por dez facadas, algumas delas no tórax. O boletim de ocorrência aponta que uma testemunha, um outro vizinho, recebeu uma ligação do acusado pedindo para que ele fosse até a residência de Eliete, pois ambos teriam brigado.
Esta testemunha acionou a polícia. A equipe, ao abrir a porta da residência, encontrou a jovem caída no chão da sala já sem vida. A faca utilizada no crime foi encontrada aos pés dela. A perícia analisou a cena do crime e posteriormente encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML).
Eliete trabalhava como cantora em uma banda e se apresentava em bailes em Sinop e região. Ela não era casada e deixou uma filha.